Oi, pessoal, tudo bem? Vamos então continuar o nosso ranking das novelas mais vistas de todos os tempos. Agora é a vez de Pedra sobre Pedra e Rainha da Sucata. Vamos lá!
Posição 6 – Pedra Sobre Pedra
Dividida em duas fases, a trama de Pedra sobre Pedra se passa na fictícia cidade de Resplendor, no sertão da Bahia. Dentre os temas da novela, destacam-se as paixões e a disputa política entre pessoas de famílias rivais. A trama foi exibida originalmente no horário nobre da Rede Globo, entre 06 de janeiro e 1 de agosto de 1992. Aguinaldo Silva é o autor principal de Pedra Sobre Pedra, que teve direção-geral de Paulo Ubiratan. A média de audiência foi de 57 pontos.
Trama principal
Murilo Pontes (Nelson Baskerville, na primeira fase) e Jerônimo Batista (Felipe Camargo) pertencem a famílias rivais e são apaixonados pela mesma mulher, Pilar (Cláudia Scher, na primeira fase). A jovem é noiva de Murilo, mas o abandona no altar porque desconfia que sua melhor amiga espera um filho dele. Para se vingar, Pilar se casa com Jerônimo e os dois têm uma filha, Marina (Adriana Esteves). A amiga de Pilar morre no parto e a ex de Murilo assume a criação do bebê, uma menina. A criança é batizada com o mesmo nome da mãe, Eliane (Carla Marins, na segunda fase) . Murilo, por sua vez, casa-se com Hilda (Andrea Murucci / Eva Wilma), tem um filho chamado Leonardo (Maurício Mattar) e se muda para Brasília para seguir carreira política.
Vinte e cinco anos depois, Pilar (agora Renata Sorrah) quer fazer de Marina a prefeita de Resplendor. Murilo (agora Lima Duarte) deseja o mesmo futuro para seu filho Leonardo. Inimigos declarados, os Batistas e os Pontes travam uma batalha: o herdeiro que vencer a eleição restabelece o poder de uma das duas famílias na cidade. Mas Pilar e Murilo, que na verdade escondem o amor do passado, não imaginavam que seus filhos também fossem se apaixonar um pelo outro. Marina e Leonardo, embora adversários na disputa pela prefeitura da cidade, resolvem namorar em segredo.
Jorge Tadeu, o homem que vira pedra e outros
O fotógrafo Jorge Tadeu foi um grande sucesso na carreira de ator do também cantor Fábio Júnior. Jorge Tadeu é um homem sedutor que acaba assassinado. Depois da sua morte, o personagem aparece para as mulheres que comem a flor que brota do seu túmulo. A flor tem efeito afrodisíaco. A famosa flor de Jorge Tadeu traz à produção o chamado realismo fantástico, característico nas obras de Aguinaldo Silva e presente nesta novela também através do enredo de outros personagens.
Outro destaque de Pedra Sobre Pedra é Cândido Alegria (Armando Bógus). Apaixonado por Pilar, é o verdadeiro pai de Eliane e também deseja tomar o poder em Resplendor. No final da novela, Cândido Alegria se transforma em uma estátua de pedra.
O casal Francisquinha (Arlete Salles) e Queiroz (Nelson Xavier) foi responsável por bons momentos de humor da novela. Ao descobrir que o marido é infiel, Francisquinha se vinga tomando dele o posto de delegado da cidade.
Murilo Pontes reaparece em outra novela
Em 1997, Aguinaldo Silva escreveu A Indomada. Na ocasião, o autor decidiu homenagear o personagem Murilo Pontes, vivido por Lima Duarte anos antes em Pedra Sobre Pedra. Assim, Murilo foi à fictícia Greenville, cidade fictícia onde se passava A Indomada, para participar de uma partida de pôquer.
Posição 5 – Rainha da Sucata
Novela de Silvio de Abreu, Rainha da Sucata foi ao ar pela primeira vez entre 2 de abril e 27 de outubro de 1990, no horário nobre da Globo. A média de audiência foi de 59 pontos.
Trama principal
Ambientada em São Paulo, a trama de Rainha da Sucata mostra o universo dos novos-ricos e o da elite paulista decadente. Isso é feito através de duas personagens femininas: a emergente Maria do Carmo (Regina Duarte) e a socialite falida Laurinha Figueroa (Glória Menezes).
(Direitos de Imagem e CopyRight: TV Globo).
Maria do Carmo enriquece com os negócios do pai, o vendedor de ferro-velho Onofre (Lima Duarte). Ela se torna uma empresária de sucesso, mas mantém a humildade e preserva os mesmos hábitos. Apaixonada por Edu Figueroa (Tony Ramos), que a desprezou e humilhou na juventude, ela decide “comprá-lo”: propõe casar-se com ele em troca de ajuda para sua tradicional família, que agora está praticamente falida.
O casamento acontece e, na nova casa, Maria do Carmo passa a viver um pesadelo por causa de Laurinha, madrasta de Edu. Laurinha é obcecada pelo enteado e faz tudo para conquistá-lo. Além do mau casamento e da perseguição de Laurinha, a empresária começa a ver seus negócios darem errado por culpa do administrador Renato Maia (Daniel Filho), em quem ela confiava totalmente.
A família de dona Armênia e outras tramas
Um dos grandes acertos de Rainha da Sucata foi, sem dúvida, o núcleo da família de dona Armênia (Aracy Balabanian). O sotaque carregado e peculiar e o estilo “mãe coruja” e protetora da personagem conquistaram os telespectadores. A maneira como dona Armênia se referia aos filhos (“minhas filhinhas”) e a expressão “na chon” viraram marcas registradas. O bordão surgiu porque dona Armênia era proprietária de uma escola de paraquedismo e de um terreno na Avenida Paulista, onde foi construído um prédio comercial. Neste edifício ficava o escritório da Do Carmo Veículos e a Sucata, empresa e casa de shows de Maria do Carmo . Dona Armênia sempre dizia que implodiria o prédio e o jogaria “na chon”.
Outra trama de sucesso de Rainha da Sucata foi o triângulo amoroso entre Adriana Ross (Claudia Raia), a “bailarina da coxa grossa”, o professor gago Caio Szimanski (Antonio Fagundes), e a sensual Nicinha (Marisa Orth). Por causa do apelido dado por Adriana, Nicinha ficou conhecida como “Purgante”.
Curiosidades
A personagem Maria do Carmo, a “Rainha da Sucata”, foi escrita por Silvio de Abreu especialmente para Regina Duarte. Os dois haviam trabalhado juntos, como atores, na TV Excelsior. O autor quis Glória Menezes como vilã. Glória nunca havia feito esse tipo de papel. Silvio de Abreu também fez questão de ter Tony Ramos no elenco.
Fiquem ligados aqui no Território da Novela para saber os outros nomes do nosso ranking! Até o próximo post, pessoal!
Fonte: Memória Globo